Pinturas

quinta-feira, 9 de março de 2017

Evolução da Tinta - Parte I


A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade. O ser humano da pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir suas experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que completassem a sua comunicação e que perpetuasse a informação.


  • A cor na pré-história:
Descobertas atuais demonstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem ao último Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como o sangue, por exemplo, uma vez espalhado nas rochas deixavam marcas que não desapareciam.
Logo, estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações.
Com a necessidade de aumentar a durabilidade das pinturas e diversificar as cores, as chamadas pinturas rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmente abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos.


Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pudesse fixar os pigmentos à superfície conferindo alguma durabilidade. A solução foi misturá-los ao sebo ou à seiva vegetal.
Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram a surgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as pinturas, bem como para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas.
Depois disso, durante milhares de anos, pouco se acrescentou às descobertas iniciais. A história começa a registrar novidades quando várias civilizações surgem do longo período de maturação da mente humana.


  1. Ocres: Variedade de argila colorida pelo óxido de ferro, rica em hematita (ocre vermelho) ou em limonita (ocre amarelo). O ocre é empregado para destemperar as tintas.



  • Egito:

Durante o período de 8000 a 5800 a.C. surgiram, desenvolvidos pelos egípcios, os primeiros pigmentos sintéticos.
Estes pigmentos eram derivados do composto de cálcio, alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuem grande gama de azuis, como o até hoje utilizado Azul do Egito. Além do desenvolvimento de pigmentos baseados em matérias minerais também foram desenvolvidos os de origem orgânica.
Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina de ovo, cera de abelha entre outros.


  • Grécia e Roma:


Gregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo desenvolvido grande variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo, zinco, ferro; e orgânicos derivados de ossos.
Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção para navios, revestindo os cascos.
Neste período da história são relatados usos de ferramentas com espátulas e trinchas.




  • A pintura no Oriente:


Os orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas pinturas.
Os chineses e japoneses preparavam matérias para decoração de suas porcelanas, sendo que os indianos e persas faziam uso de trinchas e elementos de corte para executar a pintura. Ainda neste período os maiores desenvolvimentos se davam em função do uso decorativo da pintura, sem grande importância ao aspecto de conservação.







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